quarta-feira, 16 de maio de 2012



O movimento dos subordinados: As Polícias Militares e a relação com as conquistas da humanidade.
         O governo e a sociedade exigem dos policiais militares obediências aos Direitos Humanos, exigem não violência e preparo técnico profissional dentro dos ditames de um Estado Democrático de Direito, a lei positiva que estes não podem fazer greve.  As argumentações são de que a greve para policiais militar é desobediência às leis e não legitima uma reivindicação de militares.

Cabe, porém, neste momento, analisar a história da humanidade e então  imaginemos como seria nossa realidade se as pessoas que se sentiam oprimidas e com seus direitos violados não tivessem lutado por estes direitos, em especial os de liberdade, que limitam a ação do Estado frente ao cidadão, ou então aos direitos e garantias trabalhistas como a de um salário digno, tão sonhado por nós, policiais militares, que obrigam uma ação positiva do Estado para proteger o cidadão?          
Evidentemente, não fosse à célebre revolução francesa de 1789 não estariam nossos líderes governantes hoje no poder. Tal luta, conquistou a república (res-pública=coisa pública) e venceu o poder absolutista que oprimia o povo e criava barreiras protecionistas para o comércio.
Naquela luta, foram necessários crimes, como usa da guilhotina, para que hoje nossos governantes pudessem ser eleitos pelo voto do povo.          
As Conquistas
Sem dúvida, as conquistas da humanidade frente aos direitos trabalhistas também foram demarcadas por violentas lutas entre patrões e empregados que iniciavam com greves e terminavam com batalhas sangrentas até que se estabilizavam sempre com a ruptura do status quo e com o estabelecimento de um equilibro racional imposto pelo sublime reconhecimento dos direitos dos trabalhadores.                       
      
Este momento histórico é muito bem representado no romance Germinal, escrito em 1881, por Emile Zola. Ele descreveu uma grande greve que durou dois meses, na qual os mineradores reivindicavam melhores salários e melhores condições de trabalho (ZOLA, 1981).      
O Reconhecimento
        Também, neste mesmo contexto, Norberto Bobbio afirma que hoje não há mais que se  justificar os direitos humanos há sim que protegê-los.  
  
        Destarte, justa ou injusta, criminosa ou lícita, a luta nos nobres praças da Brigada Militar pelo reconhecimento de seus Direitos Humanos de segunda geração, assim como a luta de  nossos antepassados revolucionários, que nos deixaram um legado de liberdade, igualdade e fraternidade será, com certeza, considerada legítima pelos seus sucessores no percurso em que passar a história da Brigada Militar.


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