Um dos
ensinamentos mais poderosos do estoicismo, presente desde os tempos de
Epicteto, é a chamada dicotomia do controle. Essa ideia simples, mas
transformadora, nos lembra que na vida existem apenas dois tipos de coisas:
- As que estão sob o nosso
controle –
nossas escolhas, julgamentos, ações, atitudes e a forma como reagimos aos
acontecimentos.
- As que não estão sob o nosso
controle – o
clima, a opinião dos outros, o trânsito, o passado, o acaso e até mesmo
nossa saúde em muitos aspectos.
Muitas
vezes, gastamos energia, tempo e até saúde tentando mudar aquilo que
simplesmente não está em nossas mãos. É como lutar contra a correnteza de um
rio: além de inútil, nos afoga no desgaste emocional.
O
estoicismo nos convida a deslocar o foco: aceitar com serenidade o que não
podemos controlar e agir com firmeza sobre o que depende de nós. Essa
mudança de perspectiva não elimina as dificuldades da vida, mas nos dá uma
força tranquila diante delas.
Como aplicar na prática
- Se alguém fala mal de você,
não pode controlar a boca do outro — mas pode controlar sua reação.
- Se o tempo amanhece chuvoso,
não pode afastar as nuvens — mas pode escolher se reclamar ou aproveitar o
momento de outra forma.
- Se está diante de um desafio
profissional, não controla todos os resultados — mas controla o esforço, a
preparação e a dedicação que coloca na tarefa.
Esse é o
coração da dicotomia do controle: não se trata de resignação, mas de
liberdade. Ao reconhecer o que está em nossas mãos, deixamos de ser reféns
das circunstâncias e passamos a viver com mais leveza.
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